domingo, 19 de abril de 2009

Penumbra Ardente

Vou escrever com batom pelo azulejo
Meus desejos
Deixar gravado pelo teto
Meus desenhos
Rasgar os lençóis
Chutar o travesseiro
Quebrar o espelho
Me multiplicar
Esquecer a torneira aberta
Ver o mar
Mas como tentar voar
Em um quarto sem janela?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Insustentável leveza de ser

Ela vem pelo ar
Pelos poemas escritos na parede
Um dedo de cada cor
Perfumada com o cheiro do jardim
Que não tem fim
Umbigo em flor
Levou sua alma pra passear, pra te ver...
Tá fazendo sol
Mas vai chover.