terça-feira, 16 de agosto de 2011

*Vermelho Carmim...

Sua beleza sobrenatural, uma coroa de cartolina dourada, e o comportamento lânguido de quem chorou em segredo. Seu coração, que resistira sem quebrantos aos mais duros golpes da realidade cotidiana, se desmoronou ao primeiro encontro com a saudade.

Sentado aos pés da cama, empoeirada pelo sol da manhã, penetrou tão profundamente os sentimentos dela que procurando o interesse, encontrou o amor. E tentando fazer com que ela o amasse acabou por amá-la.

Apenas uma hora antes de morrer jurou amá-lo até a morte. Até o fim. Não sentiu medo. Nem saudade. Não chorou. Nem sorriu. Mandou um beijo com a ponta dos dedos.

Iluminou-se o mundo com um sol bobo, vermelho e áspero como poeira vermelho carmim.