Numa fuga para o ponto de partida
Num perto que é tão longe
O sal no mar
Com um milhão de coisas pra falar
Me sentei na cadeira da cozinha
Me deixei embriagar
Com tudo o que via ao meu redor
A cor do meu esmalte
O meu cabelo
Roupa de quem nem quer saber se já mudou a estação
Janelas abertas
A mesa posta
O chão
Coloridos desenhos desencontrados
O sol
Me procurando pela casa
Desviando dos quadros
Quadrados
O silêncio
Me esperando no sofá
Pra ficar cada um do seu lado
Eu do lado de cá, ele do lado de lá
Alguns livros
Aquela música
Alguma coisa pra beber
Me perco em alguns olhares
Me encontro em algumas palavras
O acaso não escolhe
Nem dias
Nem lugares.
domingo, 18 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Acordada
Pessoas esquisitas, excêntricas, e o sol amarelo que não aquecia mais. A rua cercada de casas velhas. A sensação de que, sem dúvida, ninguém me entendia, de que ninguém sabia quem eu era e o que me levava até lá. Quando fechava os olhos, tudo ao meu redor parecia vazio, frio, simplesmente. Como se estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio de lugar nenhum.
E me sentei na cama e por um instante desejei que você se sentasse ao meu lado e pusesse seu braço ao meu redor e dissesse que tudo ficaria bem.
E me sentei na cama e por um instante desejei que você se sentasse ao meu lado e pusesse seu braço ao meu redor e dissesse que tudo ficaria bem.
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