sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sentinela do nada

Permaneceu noites inteiras no quintal...
Adquiriu o habito de falar sozinho
Se alimentar do silêncio
Passeou pela casa sem se incomodar com ninguém
Sem dar crédito ao próprio entendimento
Tomou um gole do que não conhecia
Se sentiu o resultado de um longo processo de individualização
Percebeu que não existia viagem mais longa do que aquela ao nosso interior
Nem mais embaraçosa
Nada é perfeito...
A morte o seguiu por todas as partes
Chão vermelho, cor de barro
Cor de sangue sangrado.

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