quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Lírios plásticos do campo
O barulhinho do tempo
O vento cantando baixinho
Céu aberto
O amor pelo mar, pra ouvir, pra molhar,
Pra andar no rasinho
Imaginei o sol da tarde
E coloquei a alma pra lavar
E pra secar de cor em cor
Pela rua mais torta da cidade
E em tons pastéis eu disse
Que em um dia vi o sol se pôr 43 vezes,
Não importa quem vai escutar,
Quando os dias são só datas nos jornais
Quando esses dias demoram mais que os meses
Horas e minutos são iguais
Daqui dá pra ver o campo
Mesmo quando a janela é assim pequena
Vejo suas coloridas flores de plástico
Talvez não tenha dito as palavras certas
Talvez por medo,
Ou então plantado as flores erradas
Talvez não
Para cada acerto, 3 mil erros
Para cada erro, 3 mil acertos.
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