Nove
horas da manhã de um sábado.
Da
janela dá pra ver o jardim, as calçadas do mesmo tom do céu, o vento varrendo
folhas e papéis espalhados pelo chão, as flores que você plantou pra mim.
A
saudade dificulta a imparcialidade...rs...Um copo de cerveja impera sobre a
mesa. O olhar no infinito através da janela embaçada do quarto... E os
encontros aconteciam.
Os
lábios,
A
saliva,
A
vontade,
A
voz,
Numa
frase descontextualizada. Que lhe caiu como chumbo nas costas, no colo, nos
ombros. E entrou como um furacão na sua vida, na sua alma, no seu passado, no
seu sossego, nos seus sonhos...Bem em você, que nunca fala do passado. Só das
coisas boas da vida.
Conversamos
um pouco sobre existencialismo e literatura. Sobre sensações sinceras.
Divididas, consentidas...E você falava com os olhos fechados. Propostas
alienantes, Alienadas. Pra eu me perder...
E seus olhos encontraram os meus, quando seus lábios
deixaram os meus. Sorria, sorrisos silenciosos. Deve ter pensado em mais alguma
coisa, mas não disse...Muito complicado, e ainda assim tão fácil de entender.
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